[PORQUÊ DA MATÉRIA] - Como funcionam os Discos de Vinil?

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        Você já parou para pensar como os discos de vinil funcionam? Quando olhamos de longe, parece ser completamente impossível que aquela enorme bolacha preta achatada seja capaz de transmitir qualquer tipo de som. Porém, nem tudo ocorre como os olhos enxergam. A realidade por trás da aparência simples do vinil reúne uma série de detalhes fundamentais para essa ser uma das plataformas de música mais tradicionais de todos os tempos e apreciada por admiradores no mundo todo até os dias atuais.

        Em 1877 o inventor Thomas Edison, naturalizado norte-americano, teve como base para ideia  que o som é a vibração de partículas que se propagam no ambiente. Com isso surgiu o fonógrafo, que foi o primeiro a utilizar uma agulha e um amplificador para reproduzir o som. Anos depois, na década de 1940, o disco de vinil surgiu, sendo utilizada a mesma técnica do seu antecessor.

        Posteriormente, o termo “gramofone” foi criado por Emile Berliner para representar um aparelho que reproduzia discos de corte lateral que emitem sons, comercializados pela primeira vez na Europa em 1889. O auge do vinil, entretanto, ocorreu entre 1948 até 1988, quando os chamados Long Playing Records (LPs) ou discos de vinil despertaram o interesse de muita gente.

        O modo de funcionamento do disco de vinil, as ondas sonoras são literalmente desenhadas no vinil. Depois, quando a agulha vai passando pelo sulco gravado, o som é reproduzido e a mágica acontece. Antes de gravar no vinil, é necessário fazer um molde do disco, que é chamado de matriz. Esse molde começa com um disco de alumínio, que é cortado no tamanho correto e polido para ficar bem liso. Depois, o alumínio é revestido com laca, um tipo de resina parecida com esmalte de unha, bem maleável e sensível. Vale ressaltar que a matriz precisa ficar perfeita, sem nenhum arranhão, porque qualquer imperfeição pode causar um ruído na gravação.

        Com a base da matriz pronta, o disco de alumínio e laca é colocado em uma máquina chamada de torno, que, com uma agulha, vai gravando as ondas no material enquanto a música é reproduzida, em tempo real. hoje em dia a música pode ser gravada em um arquivo digital com alta qualidade ou em uma fita de rolo para ser passada para o vinil, mas também houve uma época em que o disco era gravado com a banda tocando ao vivo.

        Com a matriz completa, o disco de vinil já está pronto para serem feitas as cópias, para isso, o disco é colocado em uma prensa e uma bola de policloreto de vinila, também conhecido como PVC ou vinil, é colocada bem no meio. Os adesivos que ficam no centro do disco, chamados de selos fonográficos, também já são colocados nesse momento.