O Porquê da Matéria - As embalagens dos medicamentos: Os blisters

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        O quadro O Porquê da Matéria de hoje vem explicar o que é um material, muito conhecido e presente no nosso dia a dia, apesar de muitos não o reconhecerem pelo nome: os blisters. Diferentemente das embalagens tradicionais como as caixas, por exemplo, os blisters configuram embalagens feitas sob medida para o produto protegido, garantindo uma grande hermeticidade que pode ser aplicada até mesmo em produtos orgânicos. Esse tipo de embalagem é composto por um material plástico, como polietileno tereftalato (PET), policloreto de vinil (PVC) e acetato de polivinila (PVA), por exemplo, conformado de forma com que se tenha cavidades para a inserção do produto e selado com algum material laminado, geralmente alumínio, apesar de também poder ser usado papel ou plástico.
        Já sabem onde esse material é usado? Isso mesmo, principalmente nos remédios! Mas há diversos outros usos para esse tipo de material, que pode ser encontrado em supermercados, papelarias etc. Esse tipo de embalagem promove diversas vantagens, como a segurança do produto, protegendo-o muito bem e evitando possíveis danos ou até mesmo perda de produtos. Do ponto de vista comercial, os blisters possuem um ótimo custo-benefício, principalmente quando se trata de compras em grandes quantidades. Além disso, os blisters necessitam de uma menor quantidade de material em sua fabricação e ainda dispensam o uso de caixas e outros tipos de embalagens adicionais, reduzindo o seu custo.
        Outra vantagem apresentada pelos blisters é a de acondicionamento individual do produto, o que auxilia no controle da quantidade consumida, na integridade do produto e na proteção de determinada quantidade do produto caso haja alguma pequena violação na embalagem, evitando o comprometimento de todas as unidades.
        Do ponto de vista da Engenharia de Materiais, vale ressaltar que os blisters apresentam uma resistência muito superior à de embalagens tradicionais, além de consistir em uma elevada barreira ao vapor d’água, vapor orgânico e luz. Esse tipo de embalagem é inerte e ainda é facilmente esterilizável. A camada metálica composta de alumínio que sela o blister confere uma boa resistência à oxidação e uma ótima maleabilidade, podendo ser facilmente rasgada ou furada para o consumo do produto.
        No entanto, essa embalagem é considerada como lixo especial quando utilizada para proteger medicamentos, uma vez que pode possuir resíduos químicos que podem contaminar o meio ambiente. Portanto, esse tipo de material deve ser descartado à parte em postos de coleta, os quais o encaminham ao destino final: a incineração. E lembre-se: se precisar descartar o medicamento, não o faça no lixo comum ou no vaso sanitário, pois isso gera um grande risco de contaminação ao meio ambiente; leve o medicamento juntamente com o blister ao posto de coleta, e especialistas o levarão à incineração.
        Somente as embalagens secundárias, que não entraram em contato com o medicamento, podem ser recicladas. Dessa forma, o resíduo aproveitado é composto, em média, por 85% de plástico e 15% de alumínio, mas 100% do material reciclado é aproveitado para outros fins. Então, vamos descartar corretamente os blisters e contribuir com o nosso planeta porque um gesto simples como esse já pode evitar contaminações ao meio ambiente e a produção excessiva de lixo!

Referências:
https://tpuembalagens.com.br/o-que-e-blisters-para-embalagens/
https://www.videojet.br.com/br/homepage/resources/glossary/flexible-product-packaging/blister-packaging.html
https://polinstrumentos.com.br/noticias/blister-permeabilidade/
http://separenaopare.com.br/como-reciclar/blister-cartela-de-remedio/
https://www.maipambiental.com.br/reciclagem-de-blisters
https://www.ecycle.com.br/6614-como-descartar-embalagem-de-remedio