Explicando A Matéria: Transição Vítrea

Transição Vítrea


        Olá pessoal! Nessa semana, o Explicando A Matéria traz como tema a Transição Vítrea, fenômeno com temperatura característica conhecida por Tg, do inglês glass transition. Esta propriedade é característica de materiais amorfos, sendo definida como a passagem do estado vítreo rígido para um estado “maleável”.
Polímeros semicristalinos, metais amorfos e vidros são materiais sóidos com essa estrutura desordenada (amorfa) que apresentam a transição vítrea. Nessa transição, o material passa de um estado desordenado rígido (vítreo) para um estado desordenado no qual as cadeias poliméricas e átomos formadores possuem uma mobilidade maior. Enquanto a fusão é uma transição na qual a fase cristalina perde sua estrutura repetitiva, a transição vítrea pode ser entendida como um ganho de mobilidade da fase desordenada. Abaixo da temperatura de transição vítrea (Tg), não existe energia suficiente para a mobilidade dos átomos e moléculas, de modo que o material apresenta estrutura amorfa e “congelada”; acima, a energia é suficiente para que ocorra mobilidade, refletida, por exemplo, em mudanças conformacionais de moléculas e, então, o material pode passar por outras transformações, como é o caso da cristalização.
        O fenômeno da transição vítrea, assim como a temperatura Tg, pode ser afetado por diversos fatores estruturais do material, como a composição química, a estrutura e rigidez molecular, a polaridade e outros fatores. Sendo a temperatura de transição vítrea (Tg) característica para cada material, também é uma excelente ferramenta para identificação.
        Uma grande ferramenta para a obtenção da Tg é a técnica de DSC (Calorimetria Exploratória Diferencial). Na curva de DSC, a Tg é caracterizada pela mudança de Cp (Calor específico, identificado por uma mudança da linha base). Porém a Tg também pode ser determinada através de outras técnicas, como DMA (Análise Dinâmico-Mecânica) ou TMA (Análise Termomecânica), entre outras.


Fonte: https://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbpol/2007/PDF/766.pdf