[AS REVOLUCIONÁRIAS MONTANHAS-RUSSAS HÍBRIDAS]
Por Pedro Lucas Vicentino
As montanhas-russas, em sua grande parte, são constituídas sempre dos mesmos materiais: ou são feitas de madeira, como a lendária “Montezum” localizada no parque de diversões paulista Hopi Hari, ou de aço, a exemplo da imponente “Mako”, presente no catálogo de atrações do parque Sea World em Orlando, destino anual de milhares de brasileiros.
Todavia, nos últimos anos, uma empresa do setor, chamada “Rocky Mountain Construction” (RMC), vem revolucionando todo o mercado ao propor a junção desses dois tipos de materiais na reforma de uma montanha-russa de madeira: os suportes são mantidos de madeira, enquanto os trilhos são refeitos utilizando o aço.
A substituição da madeira ocorre, pois a mesma possui elevada degradação ao longo do tempo, que acarreta em altos custos de manutenção, o que não acontece com o aço, uma vez que esse material não possui essas características de forma acentuada. Nesse contexto, o aço é uma liga metálica que possui uma elevada resistência mecânica e à corrosão atmosférica e que possui a capacidade de se tornar bastante flexível. Assim, o que antigamente era uma montanha russa desconfortável e agressiva para os visitantes, se torna um passeio suave e com elementos extremamente radicais, como inversões, curvas acentuadas e quedas íngremes, mantendo o visual e a imponência de uma clássica montanha russa de madeira.
Destarte, tal revolução mundial nos parques de diversões do mundo à fora inova ao atrelar as propriedades do aço em circuitos empolgantes, mantendo o visual e a imponência de uma clássica montanha russa de madeira, o que demonstra o alto grau de sofisticação que os estudos em Ciência de Materiais podem propor para as diversas esferas do cotidiano humano e da engenharia.