Ciclos de oficinas em metodologias ativas e estratégias de avaliação do CCET

        Algo tão comum quanto reclamações da pandemia, isolamento social e políticos que desgovernam um país são as reclamações que os alunos fazem sobre seus professores. Falta de didática, cobrança excessiva, falta de diálogo e outros pontos são sempre levantados em discussões, muitas vezes sem um caráter de mudança e apenas para exteriorizar os problemas vivenciados. E essa mudança é algo delicado. Como professores que foram ensinados por professores que foram ensinados por professores que... podem mudar assim de uma hora para outra? Mas também, como nós alunos podemos ser obrigados a ter 4 horas de aulas expositivas com leituras de slides sem intervalo? Um ponto muito delicado, não?!
        Porém, logo antes do isolamento social iniciar no Brasil, entre 9 e 11 de março deste ano, eu pude presenciar algo que me deixou muito esperançoso. Aconteceu na UFSCar, com realização do Movimenta CCET/Movimenta Materiais com o METAA-UFSCar (Metodologias Ativas e Avaliação), o Ciclo de Oficinas em Metodologias Ativas e Estratégias de Avaliação. Durante os três dias, professores (as) e pós-graduandos (as) de vários departamentos da Universidade tiveram vivências e discussões muito bem embasadas, lideradas pelos (as) profissionais do METAA, as quais, com certeza, plantaram uma semente muito fértil em cada um deles para que saíssem de lá já projetando como por em prática esses conhecimentos nas suas aulas.
        Além de todos os participantes, muitos outros ficaram de fora por falta de vagas e, por conta disso, já houve promessas de dar continuidade a esse Ciclo de Oficinas. Confesso que, como aluno, me senti orgulhoso por ver tantas pessoas (muitas, inclusive do DEMa) querendo sair da zona de conforto para aprender novos métodos, quando poderiam muito bem julgar desnecessário tratar de algo que já fazem há tempos – e bem. Que este mundo-próximo, cheio de mudanças, nos traga cada vez mais formas de aprender que respeitem o professor, o aluno e, sobretudo, a genialidade já presente em cada um, a qual, muitas vezes, só precisa ser atiçada da forma mais adequada.